sábado, 22 de maio de 2010

22 de maio: Brasil celebra a biodiversidade


Hoje é o Dia Internacional da Biodiversidade e não falta oportunidades para celebrar a data. Programação especial em zoológicos, jardim botânico e parques são opções para aqueles que se preocupam com o futuro do planeta.

Neste sábado, dia 22 de maio, Dia Internacional da Biodiversidade, uma série de atividades será oferecida para aqueles que querem celebrar a data e o planeta.

Os zoológicos de 15 cidades brasileiras e o jardim botânico de Manaus prepararam uma programação especial para as crianças interagirem ainda mais e brincarem com a biodiversidade brasileira. Elas podem fazer máscaras de animais da fauna do país, como corujas, papagaios, tamanduás, capivaras, onças e lobos-guarás, e aprender sobre seus hábitos, curiosidades e ameaças. As máscaras fazem parte do livro “Máscaras da fauna brasileira – Faces para o ensino e divulgação da ecologia, etologia, zoologia e educação ambiental” de autoria de Daniele Cristina de Souza e Antônio Fernandes Nascimento Júnior, ainda inédito.

Quem estiver em São Paulo poderá participar da caminhada pela biodiversidade e clima no Parque Trianon, na Avenida Paulista, onde serão expostas obras de arte e espécies da Mata Atlântica. Uma manifestação em frente ao MASP também faz parte da atividade.

Também na cidade de São Paulo, o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e a Rede de ONGs da Mata Atlântica, e com apoio da GTZ e KfW, organizam o “Seminário sobre Sustentabilidade e Conservação da Mata Atlântica”, em comemoração à data e também ao Dia da Mata Atlântica, celebrado em 27 de maio.

Em Padre Bernardo, Goiás, as mulheres do grupo Sabor do Cerrado guiam convidados pelo Cerrado, e ensinam como fazer a biodiversidade virar quitutes deliciosos.

Para aqueles que querem ter outras ideias do que fazer ou divulgar o que irão fazer no Dia Internacional da Biodiversidade também podem acessar a Rede da Biodiversidade 2010 (www.diadabiodiversidade.ning.com), uma rede social na internet criada para celebrar a data, além de promover a troca de informações sobre o assunto. A rede reúne internautas que pretendem celebrar a biodiversidade das mais variadas formas, do plantio de mudas a rodas de histórias com estudantes, de eventos acadêmicos a manifestações.

Todas essas atividades fazem parte de uma estratégia para comemorar e divulgar o Dia da Biodiversidade em todas as regiões do país e nos diferentes biomas que combina eventos educativos e culturais que valorizam a importância da biodiversidade. A iniciativa é uma parceria do Ministério do Meio Ambiente, GTZ, KfW, governo alemão, Revista Geo Brasil, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), WWF-Brasil, Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), e Sociedade Zoológica Brasileira, com a participação importante de 15 jardins zoológicos brasileiros, Jardim Botânico Adolpho Ducke de Manaus e Movimento Aquecimento Global I Care.



Fonte:http://www.wwf.org.br

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Estação Ecológica de Águas Emendadas

ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ÁGUAS EMENDADAS - BERÇO DE IMPORTANTES BACIAS NO PLANALTO CENTRAL



Reserva Águas Emendadas, com 10.547,62 hectares tem
nascentes de importantes bacias hidrográficas




Reserva Águas Emendadas completa 42 anos


Filho de uma portuguesa e de um alemão, Francisco Adolfo de Vargnhagen entrou para a história do Brasil como um dos primeiros pesquisadores a visitar o centro do país. Estava entre os que defendiam a interiorização da capital mais de um século antes da Brasília de Juscelino Kubtischek ter sido inventada.
Em livro de 1877, Vargnhagen, já conhecido como Visconde de Porto Seguro, indica uma área no Planalto Central perfeita para a construção de uma cidade. Ali, as três grandes bacias hidrográficas brasileiras estavam “a menos de um tiro de fuzil”.

Parte do cenário descrito pelo estudioso Vargnhagen é onde hoje se localiza a Estação Ecológica de Águas Emendadas. No local, as nascentes do córregos Veredas e Brejinho correm para lados contrários —daí o nome de batismo da estação.
A partir das duas nascentes, se formam cursos d’água que desembocam no Rio Tocantins (Bacia do Tocantins/Araguaia) e no Rio Paraná (Bacia do Paraná/Prata).
O ponto de origem da terceira grande bacia, a do São Francisco, está a poucos quilômetros dali, fora da área protegida.

Criada em 12 de agosto de 1968, a estação ecológica permitiu que um pedaço do cerrado virgem percorrido por Vargnhagen continuasse intocado. Mas, nos últimos anos, o local sofre com pressões externas. “É uma das reservas de cerrado mais importantes do Brasil, mas está sendo asfixiada pelo entorno”, afirma Gustavo Souto Maior, presidente do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram).

As ameaças são o crescimento urbano, o parcelamento do solo e a ocupação das áreas próximas com culturas agrícolas intensivas. Mas há perspectivas de assegurar essa riqueza ambiental no futuro: pela primeira vez, um plano de manejo para Águas Emendadas está sendo preparado. O documento determinará o que pode ser feito, como e por quem dentro e nas cercanias do parque. O plano de manejo será entregue até o fim do ano.

Riquezas
O terreno de Águas Emendadas corresponde a 10.547,62 hectares, o equivalente a 26 vezes a área do Parque da Cidade. Desde a criação, o local tem sido esquadrinhado por pesquisadores da Universidade de Brasília e de instituições particulares de ensino, o que reforça a importância dele para o DF. “É uma reserva importantíssima.

Praticamente todos os ambientes de vegetação do cerrado são encontrados lá. Isso representa enorme biodiversidade”, explica Tarciso Filgueiras, pesquisador do IBGE e professor da pós-graduação da UnB.No campo de estudos de Filgueiras, a botânica, chama a atenção a vereda de buritis de 5 quilômetros de extensão que demarca a área onde as nascentes de água brotam. Mas também são importantes para o conhecimento científico as matas de galeria, os cerradões, os cerrados sensu stricto e os campos limpos.

“Águas Emendadas tem ainda um grande conteúdo simbólico, é o ponto de ligação entre as grandes bacias”, comenta o professor Tarciso Filgueiras. Os entroncamentos de cursos d’água permitem que as trocas genéticas entre os animais e as plantas sejam intensas na área. “Lugares assim são fundamentais para a diversificação das espécies”, completa.

Nos inventários feitos pelos pesquisadores na estação já foram registradas 1.738 espécies de plantas, 67 de mamíferos, 24 de anfíbios e 51, de répteis. Nos céus, pelo menos 307 espécies de aves já foram reconhecidas. “A visão dos criadores da estação é louvável.

Há 42 anos, eles sabiam que a conservação do cerrado na nova capital dependeria do cuidado com aquela área”, comenta o professor Jader Marinho, do Departamento de Zoologia da UnB. Entre os “pais” da estação estão geógrafos, botânicos e naturalistas.

A especialidade do professor Jader Marinho são os mamíferos. Dentro da estação ecológica, há pelo menos sete espécies deles ameaçadas de extinção: tatu-canastra, tamanduá-bandeira, morceguinho-do-cerrado, lobo-guará, suçuarana, jaguatirica e rato-do-mato. “Por ser uma área de proteção integral, Águas Emendadas permite que os animais sejam protegidos e, ao mesmo tempo, estudados”, afirma o professor. “Mais de um terço da fauna do cerrado está representada ali, então temos uma importante amostra das populações”, completa Marinho.

Ameaças
Os pesquisadores, contudo, preocupam-se com o que acontece nas fronteiras de Águas Emendadas. Os parcelamentos irregulares e a agricultura intensiva representam pressão intensa para a fauna e flora da estação ecológica. Também podem interferir na qualidade da água, no caso de os lençóis freáticos serem contaminados por fertilizantes ou fossas clandestinas. “A estação está ilhada.

A ocupação desordenada do solo coloca em risco o patrimônio ambiental de Águas Emendadas”, afirma o professor Jader Marinho.A proximidade com a rodovia e a caça ilegal são outras ameaças. Para exemplificar o impacto delas, Marinho lembra que nos anos 90, uma pesquisa confirmou a existência de 10 lobos-guará na área. Hoje, sabe-se que existem apenas dois.

A população de capivaras também está diminuindo. Quem dá testemunho disso é o coordenador de unidades de conservação do Ibram, Aylton Lopes. Funcionário do GDF desde 1991, com escritório fixo em Águas Emendadas, Aylton Lopes conta que às margens da Lagoa Bonita era possível ver até uma centena de capivaras. Atualmente, apenas umas quarenta costumam aparecer. “Os vizinhos caçam, matam ou prendem. Ano passado, encontramos uma que estava sendo criada como um leitão em uma chácara próxima”, relata Aylton Lopes.


Temos que preservar essa região. E para isso é preciso que o crescimento das cidades seja organizado. O crescimento indisciplinado é a maior ameaça ao meio ambiente”, disse Arruda.

A RESERVA

10.547,62 hectares
1.738 espécies de plantas,
117 frutíferas
67 espécies de mamíferos, entre elas sete ameaçadas de extinção
24 espécies de anfíbios e 51 de répteis
307 espécies de aves.

Fonte:http://sosriosdobrasil.blogspot.com/2008/08/estao-ecolgica-de-guas-emendadas.html

domingo, 28 de março de 2010

Cidades ao redor do mundo apagam as luzes pelo clima




Diversas cidades ao redor do mundo apagaram as luzes de seus prédios, pontes e monumentos neste sábado (27) em protesto contra o aquecimento global. A iniciativa, batizada de "Hora do Planeta", começou em 2007 e é organizada pela rede de ONGs WWF.

Houve uma expectativa de que aproximadamente 4 mil cidades em mais de 120 países participaram do movimento, apagando voluntariamente as luzes e reduzindo o consumo de energia às 20h30, em horário local.

Entre os locais mundialmente conhecidos que ficaram no escuro estão a Torre Eiffel, na França, a Times Square, em Nova York, e o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

Para manifestar sua preocupação com o aquecimento global, 72 cidades brasileiras - entre as quais 19 capitais - apagaram as luzes de seus principais pontos turísticos.

Os estados da Amazônia Legal também aderiram, deixando às escuras alguns cartões-postais que são referência na região, como o Mercado Ver-o-Peso, em Belém.

A demanda por energia vem crescendo a cada ano nesta parte do país. Em 2008, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética, só a região Norte consumiu 23.873 GW / hora de energia. Os estados do Maranhão e de Mato Grosso, que compõem a Amazônia Legal, consumiram juntos 16.190 GW / hora de energia no mesmo ano.

No Rio de Janeiro, primeira cidade a aderir, aconteceu o evento oficial da "Hora do Planeta 2010", no Jardim Botânico. São Paulo, Brasília, Recife, Salvador e Porto Alegre também estavam entre as participantes.

Fonte:http://g1.globo.com